segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fiscalização resgata 25 pessoas de trabalho degradante em Santa Catarina e Maranhão



Resgatados atuavam em fazendas de criação de animais e extração vegetal
Brasília, 15/09/2011 - Duas ações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) e do Grupo de Fiscalização Rural possibilitaram o resgate de 25 trabalhadores em situação de trabalho degradante. Elas ocorreram nos estados do Maranhão e Santa Catarina, em propriedades de criação de bovinos, suínos e extração vegetal.
A primeira ação, no município de Açailândia (MA), resgatou 19 trabalhadores e ocorreu entre os dias 3 e 9 de setembro. Nas frentes de trabalho onde o grupo realizava atividades como roço de juquira, confecção e reforma de cercas, construção civil e de vaqueiro, a equipe fiscal, coordenada pela auditora fiscal do Trabalho Márcia Albernaz, constatou diversas irregularidades tais como: alojamentos precários (inclusive um com risco de desabamento); não realização de exame médico admissional; não formalização de recibo de pagamento dos salários; ausência de sistema de controle de ponto; não dotação de recipientes para a coleta de lixo (fator que favorecia proliferação de insetos e bactérias); ausência de local apropriado às refeições; manutenção de adolescente atuando em locais e serviços insalubres e perigosos; não concessão de descanso semanal e de gozo de férias; não submissão de trabalhadores a exame médico periódico; não pagamento de férias; problemas com o depósito mensal do FGTS etc.
O empregador, ainda, não fornecia água aos trabalhadores, fato que os obrigavam a utilizar (tanto para a higiene pessoal quanto para beber) a água proveniente de um poço, sem qualquer tipo de tratamento, e armazenada em um barril sem tampa, sujeita a contaminação. A operação resultou na lavratura de 31 autos de infração, na emissão de três Carteiras de Trabalho (CTPS) e 18 Guias de Seguro Desemprego, além do pagamento de R$ 38,7 mil em verbas rescisórias.
Santa Catarina – A segunda ação, iniciada na última terça-feira (13), e ainda em andamento, a equipe do Grupo de Fiscalização Rural de Santa Catarina resgatou outras seis pessoas de situação de trabalho degradante em uma propriedade rural de Xanxerê, atuando na extração/reflorestamento de eucaliptos e na produção de suínos. A ação teve o objetivo de verificar o cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Púbico do Trabalho no qual o empregador flagrado comprometia-se a respeitar as normas de Segurança e Saúde no Trabalho. 
De acordo com a coordenadora do Grupo Fiscal, Lílian Rezende, a equipe de auditores constatou várias irregularidades, entre as quais: informalidade; não fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), falta de instalações sanitárias; ausência de local adequado para refeição, entre outras. “As únicas mesas existentes no local e à disposição dos trabalhadores para as refeições eram compartilhadas por sacas de adubo, e, além de tudo, o local ficava perto (a cerca de três metros) de um pequeno paiol utilizado como depósito de agrotóxicos. Os trabalhadores também não tinham acesso à água potável. Apenas duas garrafas térmicas eram compartilhadas por todos os trabalhadores”, relata Lílian.
Os fiscais também detectaram problemas relacionados com a segurança dos trabalhadores. O trator usado por eles não tinha cinto de segurança, sonorização de ré, dispositivo de proteção do operador em caso de tombamento e estava com os pneus totalmente desgastados. Reincidente na desobediência às normas de Saúde e Segurança no Trabalho o empregador também não havia efetuado o levantamento dos riscos do local de trabalho exigido pela NR 31.  Além disso, compartilhado por homens e mulheres, o alojamento constava de uma casa adaptada, sendo que nos quartos não havia camas, colchões nem roupa de cama.  
Diante da situação, os auditores fiscais determinaram a paralisação das atividades e o retorno dos trabalhadores aos seus locais de origem. O empregador foi autuado e notificado a comparecer no próximo dia 19 à Gerência do Trabalho e Emprego, em Chapecó (SC), onde terá que efetuar o pagamento das verbas rescisórias devidas aos trabalhadores resgatados. Ele também será notificado ao Ministério Público do Trabalho pelo descumprimento do Termo de Conduta.
Grupo Móvel – Criado em 1995 o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) é constituído exclusivamente por auditores fiscais do Trabalho. No entanto, as operações do GEFM também contam com o apoio de outras instituições como o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Federal ou Rodoviária Federal e, em situações específicas, com o Ministério Público Federal.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Previdência aponta aumento no número de acidentes de trabalho - CBN


Previdência aponta aumento no número de acidentes de trabalho - CBN

Acesse o link e confira a reportagem sobre o aumento de acidentes e o despertar das prefeituras e governo sobre a importância de levar para instituições estatutárias mecanismos de prevenção. 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Desde catástrofe de março, Japão faz primeira simulação

Dois dias depois de eleito, o novo primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, participou hoje (1º) do treinamento feito anualmente no aniversário do pior terremoto da história do Japão, o de Kantô - que gerou mais de 100 mil mortos e 37 mil desaparecidos, em setembro de 1923. Foi o primeiro exercício nacional de simulação após o terremoto seguido de tsunami, em 11 de março deste ano, cujos impactos se agravaram com os acidentes nucleares decorrentes da catástrofe.
Para as autoridades japonesas, a prioridade é repensar as medidas de prevenção no país. Como parte do exercício, o primeiro-ministro convocou uma reunião de urgência fictícia, baseada na hipótese de um tremor de magnitude 7,3 graus na escala Richter ter atingido Tóquio.
Paralelamente, a polícia simulou um controle excepcional do tráfego em 100 pontos da capital japonesa. Passageiros de trens e metrôs foram encaminhados a abrigos, simulando uma suspensão de todos os serviços ferroviários.
A companhia que administra uma usina nuclear na região central do Japão fez um teste de comunicação, simulando a perda total de alimentação elétrica das instalações, em caso de tsunami. O superaquecimento do combustível nos reatores causa explosões de hidrogênio e vazamento de resíduos radioativos.
A simulação foi baseada no que ocorreu em 11 de março deste ano, quando uma onda gigante atingiu o litoral Nordeste do país e interrompeu os circuitos elétricos, paralisando os sistemas de resfriamento da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi.
O acidente nuclear na região de Fukushima atingiu nove cidades, mas em três os impactos foram considerados mais significativos - Miyagi, Iwate e Fukushima. Populações inteiras tiveram de deixar suas casas, alterar a rotina e adaptar-se a um novo sistema de vida em decorrência das explosões e vazamentos radioativos. Com informações da emissoras estatais de televisão do Japão, NHK, e de rádio da França, RFI.
Fonte: Revista Exame

Não poderia deixar de postar essa iniciativa de um país exemplo! 
Após os fatos ocorridos em março deste ano, receberam dinheiro da Cruz Vermelha Internacional e após constatado que os prejuízos foram menores que os avaliados, devolveram o dinheiro, ISSO MESMO! Devolveram o dinheiro para que a Cruz Vermelha possa enviar para países que precisam mais! Além disso, no processo de reconstrução, entre os escombros encontraram em torno de 76 milhões, dos quais 96% foram devolvidos aos proprietários ou famílias. Exemplo de cultura, exemplo de honestidade. 
Agora pergunto: E se acontecesse um desastre dessa amplitude no nosso país, quantos morreriam? Quais seriam as consequências? Qual o preparo que temos para desastres? No seu estado, município ou bairro, há algum plano de emergência? Quais os subsídios que o governo oferece? Oferece prevenção ou apenas lonas para a população?